Muitas vezes, ao realizar um concurso, o candidato sai com a convicção de que obteve aproveitamento suficiente. O sentimento de felicidade que advém disso é inegável e incontrolável. Daí, vem o resultado do concurso e ele não condiz com o esperado.
Neste momento, é fundamental manter a calma e buscar objetivamente possíveis explicações para isso. O primeiro passo é realizar um cotejo do gabarito oficial com as suas respostas. Desta análise e de acordo com as informações contidas no edital acerca do cálculo da nota, é possível estimar um resultado.
Se este destoar fortemente do que fora divulgado pela banca organizadora, é hora de questionar a correição do resultado oficial. Identificados possíveis equívocos, chega a hora de formalizar esta inquietação. É aí que entram os recursos.
Neste ponto, é importante ressaltar que a possibilidade de recorrer não está adstrita à hipótese de reprovação. Pelo contrário, ela é viável e salutar em quaisquer hipóteses em que se identifiquem inconsistências no resultado. Esclareça-se: o candidato, mesmo que aprovado, deve buscar alcançar o maior score possível no certame. Isto influencia diretamente em sua colocação e em suas chances de ser nomeado da forma mais breve possível.
Assim, o recurso é ferramenta relevantíssima seja para incluir seu nome na lista dos aprovados, seja para alçá-lo algumas posições acima no listão.
Relevância da Língua Portuguesa nos certames
Todo operador do Direito reconhece a importância do domínio da Língua Portuguesa. Escrever bem é fundamental para obter melhores resultados nos certames e para o próprio exercício profissional. Quanto ao desempenho nos concursos, esta relevância pode ser observada seja nas provas objetivas de português, seja nas provas de segunda fase – discursivas.
É possível identificar nos editais quando haverá avaliação, na prova de segunda fase, no que tange ao domínio da Língua Portuguesa. Esta informação, geralmente, encontra-se no tópico relativo aos critérios de avaliação das provas discursivas. O CEBRASPE comumente avalia o candidato quanto a este aspecto.
Nas avaliações da FCC, por sua vez, além de geralmente constarem questões objetivas de português, também há avaliação do candidato acerca do uso correto da Língua Portuguesa nas provas de segunda fase.
Logo, é notória a importância do Português para o melhor desempenho nos certames.
Recursos em face de erros de português
Outro ponto salutar, diz respeito à possibilidade de recorrer em face de equívocos formais da banca, quanto a termos ambíguos ou até mesmo ortografia. Estes erros podem provocar a anulação de questões.
Porém, é válido destacar que o candidato deve ficar atento ao tipo de erro de Português apontado. Nem todo equívoco cometido pela banca tem o condão de anular questões. O recurso válido e apto a gerar tal efeito é aquele interposto em face de erro que prejudique a compreensão do enunciado. Possivelmente, apenas os erros que embaracem a resolução das questões geram a sua anulação.
Na hora de recorrer, é fundamental que o candidato especifique ao máximo o trecho do texto ou enunciado que se encontra equivocado. Deve-se apontar de forma clara e objetiva em quais pontos encontram-se os erros e utilizar argumentos plausíveis para indicar a forma mais acertada de abordagem. Por fim, é essencial demonstrar de forma inequívoca que aquela incorreção apontada inviabiliza a resolução da questão ou torna o enunciado errado.
O candidato sempre deve fazer uso de expressões cordiais nos recursos. Persuadir a banca de forma polida é a melhor estratégia para obter êxito no apelo.
Na dúvida, lembre-se que há profissionais com expertise suficiente para identificar quando é viável recorrer. Tais profissionais também possuem experiência na utilização dos melhores argumentos. Em sua maioria, são especialistas habituados às regras das bancas organizadoras. Logo, eles podem contribuir para extrair o máximo aproveitamento possível das avaliações.
A jornada é árdua, mas seja resiliente e persista até o êxito!
Vamos juntos!
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