Mais um caso revoltante que trata sobre o crime de estupro foi divulgado recentemente. Um estudante de 26 anos foi preso, em Foz do Iguaçu, no Paraná, acusado de estuprar mais de 300 crianças e vários adolescentes. O rapaz, cujo nome não foi divulgado, guardava mais de 1.700 vídeos de pornografia infantil – mais de 350 dos quais ele fez praticando estupro, segundo a Polícia Civil do Paraná, que prendeu o rapaz com apoio da Polícia Federal.
De acordo com o delegado-chefe do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Paraná, José Barretto, o universitário ludibriava as crianças por meio de brincadeiras na internet. “Ele oferecia à criança moedas virtuais, prêmios e presentes em troca de enviar fotos ou fazer sexo. A partir do momento que a criança pratica qualquer ato sexual ou aparece nua, já é crime”, diz Barreto. Ele também disse que o indivíduo usou um perfil feminino falso para ganhar a confiança das crianças.
Além de estupros reais, o homem também cometeu estupros virtuais de pessoas vulneráveis. Por video chamada, ele convenceu as vítimas a praticar atos sexuais sozinhas e com objetos. Tudo foi gravado, incluindo a representação do rosto e as reações do estuprador.
Segundo a polícia, o acusado usava os conhecimentos adquiridos na faculdade de psicologia para orientar e manipular crianças. “O homem tinha livros sobre como entender o comportamento verbal das crianças. Com o conhecimento de um psicólogo, seria mais fácil para ele atrair as crianças para práticas libidinosas”, diz Barreto.
O acusado comete crimes desde pelo menos 2016, de acordo com a polícia, e será acusado de estupro de pessoa vulnerável, estupro virtual de pessoa vulnerável, produção, posse e distribuição de pornografia infantil e sedução de criança para cometer atos obscenos.
A investigação começou pelo monitoramento de crimes online, disse o delegado da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Marco Smith. “O material colhido é de extrema importância, vai nos dar informações para tomarmos novas providências para apurar a verdadeira dimensão do caso”, afirmou.
Segundo a delegada-chefe da Delegacia Especializada da Polícia Civil, Luciana Novaes, as investigações continuam e o próximo passo é identificar as vítimas. “A prisão foi o primeiro passo. Agora é importante identificar as crianças vítimas porque todas elas precisam ser tratadas. É possível que um homem tenha estuprado a mesma criança várias vezes. Uma vez que ele consegue envolver a criança, ele se sente seguro e propenso a repetir o comportamento”, disse ele.
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