Era apenas uma questão de tempo. A mudança vertiginosa no ambiente de negócios mais cedo ou mais tarde exigiria de todos novas competências para lidar com os caprichos da economia. O fato é: existe hoje um grande descompasso entre as competências exigidas dos nossos executivos e as habilidades disponíveis no mercado. Este novo modelo econômico GDM cobrado dos nossos líderes e de suas equipes novas respostas que, infelizmente, a maioria de nós ainda não está preparada para dar. O novo ambiente de negócios está sendo definido por certas características que estão determinando de forma unilateral as competências que precisamos para superar os desafios e vencer os obstáculos. Estas características foram reunidas em uma palavra que vem ressoando na mente dos executivos ao redor do mundo: VUCA. Estas quatro letrinhas simbolizam e sintetizam o novo ambiente de negócios, e estão determinando as novas competências desejadas pelo mercado de todos os executivos.
Neste novo ambiente de negócios, as oportunidades e ameaças vêm e vão a todo o momento, portanto a letra “V” significa volatilidade. A volatilidade indica a intensidade e a frequência das oscilações do mercado. O termo foi importado originalmente de um conceito da química, onde significa a capacidade que uma substância tem de passar do estado liquido ao gasoso com facilidade. A volatilidade nos negócios exige dos nossos executivos uma nova competência: a capacidade de resposta. Sem velocidade de análise e sem agir prontamente diante das intempéries do mercado, podemos ser atingidos durante a mudança do ambiente de um estado sólido e previsível para um ambiente mais gasoso e incontrolável.
Outro componente presente neste novo ambiente de negócios é a incerteza. Do inglês, uncertainty, representada pela letra “U” da palavra VUCA. Olhar para o futuro hoje e fazer previsões é um jogo de adivinhação. Caminhar em um ambiente de negócios onde a incerteza reina absoluta é como andar sobre o lodo, pois a qualquer momento corremos o risco de escorregar e cair. A incerteza do ambiente exige dos nossos executivos mais uma competência: a capacidade de avaliação. Quanto mais nebuloso o horizonte, quanto mais elementos cruzarem o nosso caminho, mais necessária será a capacidade de avaliar cenários e entender os padrões de movimentação do mercado para tomar decisões. Tudo o que é incerto coloca dúvidas em nossa mente, e estas dúvidas têm o poder de paralisar ações e reduzir o ritmo do crescimento. É por isso que a capacidade de avaliação está sendo tão exigida dos executivos.
Como se não fossem suficientes a volatilidade e a incerteza, ainda temos a complexidade, a letra “C”. Fazer negócios hoje em dia representa lidar com uma série infinita de elementos que podem comprometer os nossos resultados. São questões jurídicas, ambientais, técnicas, financeiras, emocionais que tornam o nosso ambiente de negócios cada vez mais complexo e faz com que o nosso sucesso dependa da coordenação inteligente de múltiplos fatores. Lidar com este caldeirão de elementos está exigindo dos executivos a capacidade de fazer escolhas diante de um infinito número de possibilidades estratégicas, que podem ser combinadas e recombinadas diante das oscilações do mercado e das oportunidades que surgem no caminho.
A todas estas características do novo ambiente de negócios citadas anteriormente – volatilidade, Incerteza e complexidade –, some-se mais uma: a ambiguidade. Na gramática, ambiguidade é todo duplo sentido causado pela má construção de uma frase. Ambiguidade é a qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode ter mais de um sentido ou significado. É aquilo que apresenta uma dupla interpretação e um entendimento de caráter duvidoso. A ambiguidade no ambiente de negócios nos faz ter que lidar com informações que possuem mais de um significado e que podem nos levar a tomar decisões estratégicas de maneira equivocada. Quando estamos diante de situações ambíguas, temos vários ângulos diferentes que precisam ser avaliados e o conjunto de informações disponíveis passa a ser enorme. É por conta disto que a competência de manter o foco e a concentração está sendo cobrada de forma intensa das pessoas em cargos de decisão.
Estas características do novo ambiente de negócios reunidas na palavra VUCA não podem ser encaradas como uma situação momentânea e passageira. Pelo contrário, este é o novo DNA da Economia do Conhecimento.
Temos que entender que, na nova economia, as informações, conteúdo e ideias são os ativos mais desejados pelo mercado. O valor de uma empresa está sendo determinado cada vez mais por ativos intangíveis relacionados à propriedade intelectual, royalties e relacionamento com clientes. Este novo código genético da economia vai exigir de todos nós a capacidade de adaptar-se, evoluir e renovar-se continuamente sem jamais perder o foco nos resultados.
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