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Concursos públicos de tribunais: devo me inscrever em todos?

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Publicado em 22/01/2020, às 16:16 Atualizado em 22/01/2020 às 17:17

Logo que você decide estudar para concursos públicos de tribunais, um dos primeiros questionamentos que aparecem é se você deve se inscrever em todos os que abrirem seleção. Mas, muita calma nessa hora! O fato de todos serem tribunais, entretanto, não quer dizer, necessariamente, que tenham exatamente o mesmo tipo de cobrança em prova.

Por exemplo, o Tribunal Regional do Trabalho age, via de regra, no que diz respeito aos procedimentos trabalhistas, enquanto que o Tribunal de Contas do Estado fiscaliza como os governantes aplicam os recursos públicos. Ou seja, assim como suas áreas de atuação, as cobranças em prova, de acordo com suas respectivas bancas examinadoras e os cargos ofertados no certame também mudam.

Por outro lado, apesar da gama diferenciada entre os tribunais, nas próprias áreas de atuação é possível que haja mais de um concurso em vigor por conta das localidades. Por isso, essa é uma grande vantagem, concurseiro! Como existem muitos órgãos de abrangência regional, o ideal é você focar em que tipo de atuação gostaria de trabalhar e, aí sim, inscrever-se em todos os tribunais daquela determinada seara. Mas atenção: é importante saber que se você optar por se inscrever em mais de um concurso, por exemplo, é necessário que esteja disposto a mudar de endereço, se for preciso.

Neste artigo você lerá sobre: 

– As vantagens de estudar para concursos na área de Tribunais;
– Quais as diferenças entre os cargos de técnico e analista;
– Quais são os tribunais do Brasil;
– Concursos abertos e previstos para tribunais;
– Preparação para concursos de tribunais.

As vantagens de estudar para concursos públicos de tribunais

Além de você poder escolher uma área e se inscrever para mais de um certame – seguindo, mais ou menos, a mesma linha de estudos – há outras vantagens em estudar para concursos na área de tribunais. Uma delas, é que costumam possibilitar, como pré-requisito do candidato para determinadas vagas, a conclusão da graduação em qualquer curso de nível superior para a disputa de cargos de analista.

No entanto, caso você goste muito da sua profissão por formação, vale a pena esperar pela abertura de vaga na sua área. Além disso, geralmente, as provas para os cargos de técnico são pela manhã, enquanto que as avaliações para os cargos de analista são à tarde. Assim, se você quiser, ainda pode se inscrever para duas vagas: uma de técnico e outra de analista.

Outro ponto que você não pode deixar de levar em consideração ao estudar para concurso na área de tribunais, é a qualidade de vida que os órgãos oferecem aos servidores. Além disso, em geral, são seis horas de serviço por dia e os salários e os benefícios são atrativos. Sem falar da estabilidade, pois para haver exoneração do cargo, é preciso que uma infração muito grave seja cometida.

 

Quais as diferenças entre os cargos de técnico e analista?

– Quantidade de conteúdo exigido

Para os cargos de técnico, o edital exige apenas a conclusão do ensino médio. Já para os cargos de analista, exige-se formação curso de nível superior. Por isso, o conteúdo exigido para quem vai disputar vaga de técnico costuma ser menor do que para quem vai concorrer à vaga de analista.

– Quantidade de vagas oferecidas

Geralmente, os concursos oferecem mais vagas para os cargos de nível técnico do que para os cargos de analista.

– Concorrência

Geralmente, também com base em concursos já realizados, nota-se que a quantidade de pessoas que se inscreve para os cargos de técnico é muito maior do que o número de pessoas que disputam vagas para cargos de analista.

– Salários

Para assumir o cargo de técnico não é necessária a formação em curso de nível superior, por isso a remuneração para os cargos de analista é maior.

 

Quais são os tribunais do Brasil?

A principal característica dos tribunais é que todos mexem com processos. Entretanto, cada um é responsável por determinada função essencial para a funcionalidade do país, seguindo uma hierarquia. Por isso, veja como funciona a distribuição de todos os órgãos:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Supremo Tribunal Federal (STF): o topo do Poder Judiciário tem a função de guardar a Constituição do país. A sede fica em Brasília, Distrito Federal, com jurisdição em todo o território nacional.

Conselho Nacional de Justiça (CNJ): aperfeiçoa o sistema judiciário brasileiro. A sede fica em Brasília, Distrito Federal, com jurisdição em todo o território nacional.

Superior Tribunal de Justiça (STJ): controla a atividade administrativa e financeira do Poder Judiciário. A sede fica em Brasília, Distrito Federal, com jurisdição em todo o território nacional.

Tribunal Superior do Trabalho (TST): uniformiza a jurisprudência trabalhista brasileira. A sede fica em Brasília, Distrito Federal, com jurisdição em todo o território nacional.

Superior Tribunal Eleitoral (STE): exerce ação conjunta com os TREs, responsáveis diretos pela administração do processo eleitoral nos estados e municípios, sendo a instância jurídica máxima da Justiça Eleitoras brasileira. A sede fica em Brasília, Distrito Federal, com jurisdição em todo o território nacional.

Superior Tribunal Militar: julga crimes militares previstos no Código Penal Militar (CPM), tendo como principais jurisdicionados os militares das Forças Armadas. A sede fica em Brasília, Distrito Federal, com jurisdição em todo o território nacional.

Tribunais de Justiça (TJ): reexamina decisões de primeira instância ou assuntos que precisem ser jugados diretamente pelos tribunais. Cada estado tem o seu próprio Tribunal de Justiça, localizado na capital. Dessa forma, a jurisdição é nos municípios do estado.

Tribunal Regional do Trabalho (TRT):  julga as ações trabalhistas de suas Regiões. Existem 23 Regiões de Tribunais Regionais do Trabalho sediados, geralmente, em capitais. Dessa forma, a jurisdição é nos estados da Região.

Tribunal Regional Eleitoras (TRE): realiza o gerenciamento de eleições em âmbito estadual. Há um TRT em cada estado. Dessa forma, a jurisdição é em todo o estado.

Tribunal de Justiça Militar (TJM): julga militares. Cada estado tem o seu tribunal militar, localizado na capital. Todos estão submetidos ao Superior Tribunal Militar. A jurisdição é no estado de sua localização.

Tribunais Regionais Federais (TRF): julgam ações provenientes de seus respectivos estados. Cada região do Brasil tem o seu próprio Tribunal Regional Federal, com jurisdição nos estados da Região. São eles:

TRF da 1ª Região: Acre (AC), Amazonas (AM), Amapá (AP), Bahia (BA), Distrito Federal (DF), Goiás (GO), Maranhão (MA), Minas Gerais (MG), Mato Grosso (MT), Pará (PA), Piauí (PI), Rondônia (RO), Roraima (RR).

TRF da 2ª Região: Espírito Santo (ES), Rio de Janeiro (RJ).

TRF da 3ª Região: Mato Grosso do Sul (MS), São Paulo (SP).

TRF da 4ª Região: Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC)

TRF da 5ª região: Alagoas (AL), Ceará (CE), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Rio Grande do Norte (RN), Sergipe (SE).

Concursos abertos e previstos para a área de Tribunais

Agora que você já conhece mais sobre a área em que deseja realizar concursos públicos, confira a lista de oportunidades que estão previstas para o ano!

Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ/DF)

Previsto! Com o vencimento do último certame, há mais de 200 cargo vagos para técnico e analista (nível médio e superior). Abertura de um novo concurso está em análise pelo órgão.

Ministério Público do Estado do Ceará (MP/CE)

Edital publicado! Organizado pelo CEBRASPE, o certame oferta 30 vagas imediatas, distribuídas entre os cargos de Analista e Técnico Ministerial. As inscrições vão até o dia 21/02/2020, e custam R$ 100 para os cargos de nível superior e R$ 70 para os de nível médio. As provas estão previstas para o dia 08/03/2020.

Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas (TRT/AL)

Previsto! Ainda não há mais informações sobre o certame. A expectativa é de que o próximo concurso ofereça vagas para Analista e Técnico.

Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT/ES)

Comissão formada! A quantidade de vagas ainda não está definida. No entanto, o concurso será para os cargos de analista ministral e técnico (nível médio e superior).

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE/CE)

Previsto para 2020! O Tribunal dispõe de 30 cargos vagos, sendo 17 de Analista e 13 de Técnico Judiciário.

PREPARAÇÃO 

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