Bagagens trocadas resulta em prisão de brasileiras por tráfico internacional na Alemanha
Há algumas semanas, duas brasileiras vivem um pesadelo na Alemanha, em viagem que deveria ser para turismo. Na cidade de Frankfurt, a polícia apreendeu duas malas, contendo 20kg de cocaína cada uma, que estavam no bagageiro do avião. As malas apresentavam etiquetas com os nomes das duas brasileiras, que estão presas desde então por suspeita de tráfico internacional.
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Suspeita de tráfico internacional de drogas
Ao passarem por interrogatório da polícia alemã, em 5 de março, as brasileiras negaram serem donas das bagagens. Na ocasião, a polícia encontrou cerca de 20kg de cocaína em cada uma das duas malas, que possuíam etiquetas de identificação com seus respectivos nomes.
Em virtude disso, as brasileiras foram detidas por suspeita de tráfico internacional de drogas, sendo levadas a um presídio feminino na cidade de Frankfurt.
Troca de bagagens
A partir desse caso, a Polícia Civil de Goiás iniciou uma investigação. De acordo com imagens de câmeras de segurança, percebeu-se que as malas das brasileiras foram despachadas corretamente em Goiás mas, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, houve a troca das etiquetas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.
No dia 4 de abril deste ano, a investigação conseguiu identificar seis funcionários que realizavam a troca de etiquetas das malas, a fim de enviar cocaína para outros países. Posteriormente, esses indivíduos foram presos na cidade de São Paulo, por suspeita de organização criminosa.
Presas na Alemanha
As brasileiras, contudo, seguem presas em virtude das bagagens em seus nomes. De acordo com a advogada que as defende, o contexto da prisão tem sido de bastante transtorno:
“Elas estão em celas separadas e me relataram que são minúsculas. Elas disseram que passam frio porque o presídio não fornece roupa de frio adequada e elas tiveram todos os bens pessoais apreendidos”
Ademais, de acordo com o Delegado de Polícia Federal Rodrigo Teixeira há indícios de que realmente as bagagens com cocaína não sejam das brasileiras.
“Não há o perfil de mulas para essas passageiras, através da compra da passagem com bastante antecedência, seguro viagem. Houve todo uma programação para essa viagem ao exterior. Não é o perfil de quem trafica dessa maneira”
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