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Ataques e depredações por facções criminosas: o que está acontecendo com o Rio Grande do Norte?

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Publicado em 22/03/2023, às 13:58

Há 7 dias, a capital potiguar e outras cidades do interior do Rio Grande do Norte estão vivendo dias de horror. Isso porque mais de 200 ataques foram registrados nesse ínterim nestas localidades. Segundo a Polícia Militar, os infratores são membros de uma facção criminosa. Essa tem sido a responsável pela destruição de diversos patrimônios públicos e por trazer medo e insegurança aos moradores da região. Vamos juntos entender melhor?

Início dos ataques

O terror que já assolou mais de 51 cidades do Rio Grande do Norte começou na madrugada de terça-feira (14).  Prédios públicos e privados foram depredados, além dos veículos incendiados. É um cenário desolador que tem trazido pânico generalizado e coletivo.

No primeiro dia, ainda na madrugada do dia 14 de março, ao menos 20 cidades foram alvos de destruição. Nesta oportunidade, um fórum de Justiça, a sede de uma prefeitura, duas bases da Polícia Militar e outros prédios públicos foram depredados.

Mesmo com a segurança reforçada, os ataques continuaram nos dias seguintes. Mais de 130 pessoas já foram presas devido a suspeita de envolvimento nos ocorridos, que também incluem transportes coletivos e individuais como atingidos pelos atos.

O reforço

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança, esteve no estado no último domingo, dia 19 de março e garantiu que o governo federal pode enviar mais 800 policiais. Em suas palavras, esse número pode variar a depender da necessidade do Rio Grande do Norte, para reforçar a segurança pública deste.

O investimento na área já passa dos R$ 5,3 milhões, tendo, segundo o ministro, enviado cerca de 700 policiais para auxiliar no combate aos atos criminosos.

“Se houver uma necessidade adicional, o que nós não acreditamos, esses 700 poderão virar 1.000, 1.200, 1.500, ou quanto o Rio Grande do Norte precisar. Nós não economizaremos no que é o principal, que é a paz social de um estado tão importante”, afirmou Dino.

Novos acontecidos

Os novos casos aconteceram na capital potiguar, Natal, e cidades do interior do estado. De acordo com a polícia, as ações são comandadas por uma facção criminosa. Até o domingo (19), o governo do estado registrou oficialmente 284 ataques.

Eram por volta das 3h desta segunda (20), quando os criminosos jogaram um coquetel molotov em um pátio do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) de Currais Novos, no Seridó potiguar, onde são guardados veículos apreendidos e destinados a leilão. A garrafa com combustível atingiu o para-brisa de um ônibus da PM, mas o fogo não se espalhou.

Criminosos também tentaram incendiar uma garagem de ônibus na Zona Leste de Natal, mas nenhum veículo foi atingido. Outro crime registrado foi uma tentativa de incêndio a dois ônibus em Mossoró, na região do Oeste potiguar.

Na noite de domingo (19), três homens foram flagrados em cima de uma caixa d’água no bairro Cajupiranga, em Parnamirim, na Grande Natal. De acordo com a polícia, os suspeitos se esconderam no local ao perceberem a aproximação da polícia, mas foram localizados.

Dois homens foram presos pela Polícia Civil no bairro da Ribeira, na Zona Leste de Natal, com oito coquetéis molotov.

Em Grossos, a polícia ainda registrou uma tentativa de incêndio em uma garagem de ônibus no bairro Santos Reis e impediu o arrombamento de uma escola municipal. Segundo a polícia, os criminosos fugiram com a chegada dos militares.

Ainda na mesma cidade, os criminosos atiraram várias vezes contra a fachada da Câmara Municipal de Vereadores, por volta das 4h. Várias balas foram encontradas em frente ao prédio, que ficou com a porta de vidro destruída. Por causa do ataque, o expediente foi suspenso por tempo indeterminado.

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