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Advogada e PM são investigados por coagir clientes a contratar defesa

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Publicado em 07/06/2023, às 09:17 Atualizado em 07/06/2023 às 09:27

Uma advogada e um policial militar foram presos por suspeita de coagir clientes para que contratassem a defesa deles. O principal alvo eram clientes que estivessem respondendo por crimes de menor potencial ofensivo.

Entenda o caso

Na última semana foi noticiado que uma advogada e um funcionário público foram presos suspeitos de pressionar clientes a contratar uma defesa em Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá, segundo a investigações da Polícia Civil. O alvo principal eram os clientes que respondiam por crimes de menor potencial ofensivo. Um policial militar suspeito de participar do esquema também está sendo investigado.

Segundo investigações, havia um grupo que fazia parte do esquema criminoso. Na época, eles usavam a sala do Comandante da PM e tinham acesso a informações privilegiadas, de forma que os clientes eram obrigados a contratar defesa ou permanecer na delegacia, segundo a investigação. O caso é acompanhado pela OAB-MT. 

A Ordem dos Advogados da Seção Brasileira de Mato Grosso (OAB-MT) informou em nota que acompanhou a prisão dos investigados e disse que encaminhará o caso ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED). Se comprovada a irregularidade, a OAB-MT disse que os suspeitos responderão ao processo com a devida garantia de contraditório.

Segundo a polícia, no endereço de um dos suspeitos foram apreendidas três armas de fogo, uma delas com registro vencido e as outras duas sem autorização legal. Como resultado da apreensão, a pessoa sob investigação foi detida por posse não autorizada de arma de fogo licenciada.

Outros mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dos suspeitos e em um escritório de advocacia na cidade, além de outras duas residências e um escritório em Barra do Garças, a 516 quilômetros da capital.

Segundo informações dadas pela polícia, os clientes eram coagidos de diversas formas. O método utilizado na prática do crime consistia em dizer aos clientes que eles só poderiam ser soltos se pagassem pelo serviço, caso contrário iriam à delegacia.

Veja também: CNJ aprova teletrabalho aos servidores portadores de deficiência.

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Conteudista CERS. Estudante de Direito, Aprovada na Faculdade aos 16 anos.

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