Advocacia no Metaverso: Confira os Impactos no Mundo Jurídico
A cada dia, diversas plataformas de realidade virtual surgem nas redes. Mas e você já ouviu falar no Metaverso? Esse é um assunto que vem causando bastante debate nos últimos tempos. Por isso, o CERS preparou um guia sobre a Advocacia no Metaverso: confira os impactos no mundo jurídico.
Então fica ligado e segue nossa trilha de conteúdo!
Metaverso o Universo Criado Por Mark Zuckerberg
No ano de 2021, numa ação de contenção de crises, a empresa Facebook foi renomeada para Meta Platforms, Inc. Conjuntamente ao processo de repaginação da empresa, a Meta lançou uma plataforma de realidade virtual, buscando inovar diante da crescente digitalização de mercadorias, produtos e serviços.
Então, foi lançado o Metaverso. Logo, o metaverso é um universo virtual que simula experiências reais sem estar fisicamente em algum lugar.
Isso mesmo, o mundo é criado a partir de tecnologias de realidade virtual e aumentada, de forma que os usuários poderão interagir com avatares para desempenhar tarefas cotidianas como se estivessem no mundo físico.
Desse modo, a vida real ganha praticamente uma representação digital. Assim, trabalho, lazer, estudo entre diversos outros campos da cultura social estão no metaverso.
Ubis Societas Virtualis Ibi Jus?
Se o famoso brocardo do direito diz que onde há sociedade, há direito, será também que haverá direito numa sociedade virtual? Bom, esse é um assunto de profundo debate. Mas já tem escritório de advocacia funcionando no Metaverso! Isso mesmo, um escritório de New Jersey inovou e inaugurou sua sede no universo virtual.
Dessa forma, o escritório Grungo Corarulo tomou a medida a partir de uma demanda dos próprios clientes. Os sócios alegaram ter sido uma necessidade trazida pelos próprios clientes que estavam insatisfeitos em realizar reuniões via zoom (algo que cresceu exponencialmente durante a pandemia). Dessa forma, o escritório atualizou seu modo de realizar reuniões e possibilitou uma presença 24horas para sanar dúvidas de clientes.
Além dessa medida, o grupo Grungo Colarulo planeja inserir vídeos e links sobre suas áreas de atuação, para atrair novos clientes e expandir seus negócios dentro do metaverso.
Já Imaginou Fazer um Casamento Virtual?
Já tivemos o primeiro casamento no Metaverso! Traci Lewis e Dave Gagnon casaram-se fisicamente em New Hampshire (EUA) e também celebraram a cerimônia de casamento no metaverso.
Os noivos enviaram fotos do casamento à plataforma, com objetivo de reproduzir virtualmente o vestido da noiva e a decoração utilizada na cerimônia física
Os custos do evento ultrapassaram o montante de US$ 10 mil. Em suma, o casamento no metaverso pode custar até mais que a cerimônia presencial.
Transações Milionária na Plataforma
Que tal ter um iate virtual? Assim, parece loucura, mas tem gente gastando milhões na plataforma. No contexto do universo meta já foram evidenciadas operações financeiras milionárias, terrenos virtuais e até um iate foram vendidos por quase 2,5 milhões de dólares.
Famoso ficou o caso do Megaiate: Megaflower Super Mega Yacht, um barco virtual do metaverso, que foi vendido na última semana por cerca de 650.000 dólares (3,65 milhões de reais).
Se você achava que gastar milhares de dólares num NFT era loucura, imagine comprar um terreno virtual. Nos últimos dias, um terreno no Decentraland, um dos mais populares e antigos metaversos em Blockchain, foi vendido por 618.000 manas, a criptomoeda nativa da plataforma, equivalente a quase 2,5 milhões de dólares.
E no Brasil?
Nesse contexto, o Brasil já marcou presença anteriormente no mundo da realidade virtual. Em 2007, um escritório de São Paulo tentou abrir uma sede na plataforma Second Life, um ambiente virtual que simulava em alguns aspectos a vida real e social do ser humano. Entretanto, o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-SP não foi favorável à iniciativa.
Conforme a Ordem paulista, a criação e a manutenção de escritório virtual no ambiente eletrônico é contrária aos princípios do sigilo profissional. Além de não coadunar com a pessoalidade que deve presidir a relação cliente-advogado.
Além disso, a criação de um escritório virtual poderia caracterizar captação de clientes, o que é vedado pelo código de ética da OAB.
Entretanto, segundo especialista, nada impede que o advogado possua uma presença no metaverso. Logo para estar no metaverso é preciso respeitar os limites estabelecidos pela Ordem dos Advogados do Brasil.
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