11 Milhões de Servidores Públicos: O que isso significa para o Brasil?
O Brasil tem 11 milhões de servidores públicos. Parece muito para você? Será que dão conta do serviço? Esse quantitativo coloca o Brasil em um cenário de menor presença de servidores públicos em comparação com países europeus, Estados Unidos e, pasmem, nações sul-americanas vizinhas. Os números fazem parte de um levantamento realizado pelo República.org, com base em dados do International Labour Organization (Ilosat).
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11 Milhões de Servidores Públicos
Atualmente, o Brasil tem cerca de 11 milhões de servidores públicos em seu quadro funcional. O que isso dignifica na prática? Para se ter uma ideia, esta quantidade representa aproximadamente 12,4% de sua força de trabalho. Comparando com outras nações, essa proporção é significativamente menor do que a encontrada em outros países, conforme publicação feita pela CNN Brasil.
Outros cenários
Para você entender, estão a frente do Brasil na quantidade de servidores públicos a serviço da nação, países como:
Argentina – lidera com 19,31% de seus trabalhadores vinculados ao serviço público
Uruguai – tem 16,92%
Estados Unidos – têm 13,56% de seus trabalhadores empregados no setor público
Chile – vem em seguida com 13,10%
México – país com características semelhantes às do Brasil, fica pouco atrás com 12,24%
Em uma comparação global, o Brasil também fica atrás da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado “clube dos países ricos”, que apresenta uma média de 23,48% de servidores públicos em relação à força de trabalho.
Cenário europeu de Servidores Públicos
Na Europa, a França é um exemplo de nação com um funcionalismo considerado “inchado”. O servidor público francês representa 20,28% de seus trabalhadores. Países que fortalecem o conceito de Estado de bem-estar social, como Dinamarca, com 30,34%, e Suécia, com 24,99%, lideram o ranking de proporção de servidores públicos em relação à população total.
Impactos no serviço publico
Diante das comparações feitas com outros países, pode-se dizer que o Brasil tem um funcionalismo “menos inchado”. Mas, essa constatação coloca o serviço público brasileiro, entretanto, classificado como de qualidade inferior, nocmente tomando como base as comparações. De acordo com levantamento realizado pelo TheGlobalEconomy.com em 2021, o Brasil ocupa apenas a 124ª posição em um total de 177 países considerados, na análise de qualidade da prestação de serviços à população. Estes serviços incluem educação, saúde, saneamento, transporte, eletricidade, internet e outros. Nesse ranking, países sul-americanos como Argentina (81º), Uruguai (48º) e Chile (69º) superam o Brasil, enquanto os europeus, como Suécia (3º), Dinamarca (5º) e França (12º), estão no topo.
Precisamos de mais concurso
Facilmente, podemos concluir que precisamos de mais servidores públicos, ou seja, precisamos urgente de mais concursos públicos no Brasil. A falta de pessoal é um dos mais notórios entreves para uma boa prestação de serviços à população. O déficit de pessoal, por exemplo, faz com que milhares de contribuintes esperem por meses, ou até anos, para que tenham benefícios aprovados pelo INSS.
Reforma Administrativa
É nesse cenário, de déficit de servidores públicos, que ocorre o debate sobre a necessidade de uma reforma administrativa no Brasil. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 de 2020, que traz a possibilidade de reforma administrativa, tramita na Câmara dos Deputados. O texto da PEC está pronto para ir ao plenário.
