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Guia de estudo: perguntas frequentes da preparação para tribunais

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Publicado em 07/07/2017, às 12:11

A aprovação em um concurso vai além do estudo dos conteúdos para a prova: requer que o candidato esteja familiarizado com uma série de regras e informações essenciais para que ele alcance um resultado positivo na prova até o dia da posse.

Esse processo, no entanto, está longe de ser simples e claro. Por isso, me dediquei a esclarecer dúvidas, das mais simples às mais complexas, dos inúmeros candidatos espalhados em todo o Brasil. Vamos lá?

Ana Andrade (Campos do Jordão/SP): tenho um curso de tecnólogo. Posso fazer concurso para nível superior?

É preciso estar atento ao que é dito no edital, Ana! Se na descrição da vaga constar apenas “exigência de nível superior” e mais nada, você pode concorrer às vagas sim com seu curso de tecnólogo. Mas, se for publicado um edital que prevê, por exemplo, formação de nível superior com especialização/bacharelado em arquitetura, você não poderá participar da seletiva.

O candidato que possui curso de tecnólogo precisa estar atento aos editais que exigirem bacharelado, licenciatura ou especialização específica em alguma área, pois esses concursos, os concurseiros com curso de tecnólogo não poderão prestar.

Beatriz Silva (Cascavel/PR): fui aprovada em um concurso municipal dentro do número de vagas, mas até agora não fui chamada. Eu vou ser chamada para tomar posse do concurso?

Beatriz, se você vai ser chamada ou não, vai depender do gestor municipal, mas você tem sim o direito a ser chamada para tomar posse do cargo. São decisões do STF e do STJ que, se determinado órgão ele abrir concurso com 10 vagas, ele precisa chamar os 10 candidatos para ocuparem as vagas.

É diferente do cadastro de reserva. Nesse caso, os candidatos têm uma expectativa quanto a convocação do órgão para ocuparem as vagas que venham a surgir. E isso é poder discricionário da administração pública, ou seja, ficará a critério da administração.

E atenção! Caso você não seja chamado e for publicado novo concurso para o mesmo órgão, você deve acionar a justiça, com ganha de causa certa.

J.R.S (Petrolina/PE): estou estudando para concurso e estou com nome sujo no SPC e Serasa. Minha situação pode me impedir de tomar posse do cargo, caso seja aprovado?

A experiência tem nos levado a dizer que não. Ter o nome sujo no cadastro restritivo, do crédito, não é impedimento que venha a macular sua idoneidade moral. Em geral, as bancas não têm trabalhado com esse tipo de pesquisa.

No entanto, é sempre muito bom ter cuidado, por exemplo, em concursos para a área policial. Caso você seja impedido de assumir, é preciso recorrer à instância judicial. Mas minha sugestão é que, para quem está (e também para quem não está) estudando e prestando provas de concurso a melhor coisa é regularizar sua situação.

Patrícia Colaço (Uberlândia/MG): se eu passar em um concurso que exija teste físico e eu estiver grávida, eu perco a minha vaga?

Não. Se você passou no concurso e, chegando naquela etapa de apresentação de exames, percebeu que está grávida, é possível requerer da administração pública que ela postergue da entrega de exames que não possam ser realizados durante a gestação.

No caso dos testes físicos, é preciso ter um pouco mais de cuidado. Sobretudo nos concursos da área policial, muitos editais indicam que o teste físico não poderá ser remarcado e o candidato que perder estará eliminado do certame. Nesse caso, é preciso solicitar a postergação da prova física e, se for negado, a solução será acionar a justiça.

Catarina Albuquerque (Belém/PA): prestei concurso que tinha prova de redação, mas acredito que não me saí bem. Ao sair o resultado, devo recorrer? E caso eu recorra, a banca pode baixar minha nota?

Excelente pergunta, Catarina, uma vez que está cada vez mais comum os concursos terem provas discursiva com redação. Minha sugestão é que você só recorra se estiver muito certo (a) do que está fazendo.

Se for, de fato, recorrer, o primeiro passo é buscar um profissional da área, nesse caso, um professor de redação e converse com ele para ajudar na confecção do recurso. Minha experiência diz que, em geral, as bancas mantém ou aumentam a nota, dificilmente baixam. Mas isso pode acontecer.

Paulo Campos (Garanhuns/PE): estou pensando em largar o emprego para dedicar-me exclusivamente aos concursos públicos. Tenho medo de não conseguir me adaptar.

Paulo, essa é uma pergunta muito delicada que implicam em uma série de escolhas de vida. É preciso, em primeiro lugar, ver que você vai parar com seu ritmo de trabalho cotidiano para sentar numa cadeira e passar o dia estudando. Você vai suportar essa mudança brusca?

Minha sugestão é que você vá com calma. Faça um teste, por exemplo, durante suas férias dedique-se à preparação para concursos. Nesses 30 dias, perceba se você se adaptou bem, se você teve dedicação, se você tem disciplina e determinação para seguir a jornada de um concurseiro.

Confira a série de matérias especiais com dicas de preparação para concursos de tribunais:

Guia de estudo: panorama geral dos concursos de tribunais para 2017

Guia de estudo: as vantagens de escolher a carreira de Tribunais

Guia de estudo: como se preparar para concursos de Tribunais

Guia de estudo: oportunidades para concursos de Tribunais

Acesse: ISOLADAS PREPARATÓRIAS PARA CONCURSOS TRIBUNAIS

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