Por Joffre Melo
Pelo menos cinco milhões de norte-americanos já abriram mão da televisão. Os principais motivos que levam as pessoas a abandonarem a televisão são o custo e a falta de interesse. E a internet e a disponibilidade de conteúdo em várias plataformas são os substitutos dessa mídia tradicional. Dados desse tipo reforçam que é cada vez maior o espaço ocupado pelo “ambiente virtual” na vida das pessoas. Na educação não é diferente e universidades como Oxford e Cambridge já oferecem conteúdo acadêmico online.
A preparação para concursos públicos, Exame de Ordem, além de graduações e pós-graduações também encontram espaço na rede mundial. No Brasil, o MEC autoriza cursos que operam de forma presencial e também online. A educação a distância é usada ainda como ferramenta de transformação em comunidades mais afastadas dos grandes centros.
Dessas 5 milhões de pessoas que pararam de assistir à televisão americana, 67% acessam conteúdo em outros lugares (16% no computador, 6% no tablet e 8% no smartphone). Quem ainda tem o aparelho o usa para outra funções: jogar games, assistir DVDs ou mesmo navegar na internet. 25% dos entrevistados não têm mais televisor em casa.
O número está aumentando — mas não tão rápido assim. Em 2007, o número de americanos que abandonaram a TV era de 3 milhões. À primeira vista, parece que as emissoras de televisão podem ficar tranquilas — afinal, 95% dos americanos ainda assistem à televisão convencional — mas é preciso notar que a mudança se concentra nas faixas etárias mais jovens e deve se consolidar com o tempo.
E por que as pessoas estão deixando de ter televisão? O principal motivo é o custo: 36% das pessoas responderam ter cortado as despesas. O segundo motivo, apontado por 31% dos entrevistados, é falta de interesse. Cerca de 23% dos assinantes do serviço de vídeos sob demanda Netflix, por exemplo, cancelaram a sua TV por assinatura, segundo o estudo.
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